JESUS MISERICÓRDIOSO
DIÁRIO DE SANTA FAUSTINA
Diário foi redigido por ordem expressa do Senhor.
Diz o Senhor à Ir. Faustina:
“Tua tarefa é escrever tudo que te dou a conhecer sobre a minha Misericórdia para o proveito das almas, as quais lendo estes escritos, experimentarão consolo na alma e terão coragem de se aproximar de mim. E, por isso, desejo que dediques todos os momentos livres a escrever.” (Diário 1693).
Que possamos seguir os passos de Ir. Faustina, lembrando que todas as almas e, em especial, as afastadas de Deus e que estão no desespero, que Jesus espera-as com a sua infinita misericórdia.
Vamos repetir com Ir. Faustina as palavras dirigidas a Jesus:
“O meu maior desejo é que as almas conheçam que Vós sois a sua felicidade eterna, que creiam na Vossa bondade e glorifiquem para sempre a vossa misericórdia” (D. 305).
Confiar em Deus é fácil quando as coisas vão bem, contudo, em tempos de provação, sofrimento, dúvida, fraqueza e ansiedade, começamos a imaginar “onde está Deus?” “Ele realmente existe?”
Se rezamos e acreditamos que estamos fazendo a Sua vontade, então devemos pedir com força e firmeza na fé. A confiança é a chave para se viver a Divina Misericórdia. Quando nossa fé é testada em tempos de provação e sofrimento, reflitamos no que Jesus falou para Santa Faustina:
Coloquem a esperança na Minha misericórdia os maiores pecadores. Eles têm mais direito do que outros à confiança no abismo da Minha misericórdia. (…) A estas almas concedo graças que excedem os seus pedidos. (D. 1146).
Todos os dias na Hora da Misericórdia - 15 horas - rezamos o Terço da Divina Misericórdia aqui na Canção Nova. Se possível, una-se conosco nesta oração, mesmo que espiritualmente.
Três horas da tarde tem especial significado, porque foi a hora em que Nosso Senhor morreu por nós. Enquanto refletia nesta hora, o centurião romano Logino (hoje São Longuinho) se deu conta de quem era Jesus. Logino foi aquele que atirou a lança no lado de Nosso Senhor Jesus Cristo. O Apóstolo São João escreveu em seu Evangelho : “Chegando a JESUS e vendo-O morto, não lhe quebraram as pernas, mas um dos soldados transpassou-Lhe o lado com a lança e imediatamente saiu sangue e água”. (Jo 19,33-34)
Sabemos que Nosso Senhor quer que sempre rezemos e imploremos por misericórdia para o mundo. Ele deu à Santa Faustina uma ordem especial sobre as três horas da tarde:
“Às três horas da tarde, implora à Minha misericórdia especialmente pelos pecadores e, ao menos por um breve tempo, reflete sobre a Minha Paixão, especialmente sobre o abandono em que Me encontrei no momento da agonia. Esta é a Hora de grande misericórdia para o Mundo inteiro. Permitirei que penetres na Minha tristeza mortal. Nessa hora nada negarei à alma que Me pedir pela Minha Paixão.” (D. 1320).
“Lembro-te, Minha filha, que todas as vezes que ouvires o bater do relógio, às três horas da tarde, deves mergulhar toda na Minha misericórdia, adorando-A e glorificando-A. Implora a onipotência dela em favor do Mundo inteiro e especialmente dos pobres pecadores, porque nesse momento foi largamente aberta para toda a alma. Nessa hora, conseguirás tudo para ti e para os outros. Nessa hora, realizou-se a graça para todo o Mundo: a misericórdia venceu a justiça. Minha filha, procura rezar, nessa hora, a Via-sacra, na medida em que te permitirem os teus deveres, e se não puderes fazer a Via-sacra, entra, ao menos por um momento na capela e adora o Meu Coração, que está cheio de misericórdia no Santíssimo Sacramento. Se não puderes sequer ir à capela, recolhe-te em oração onde estiveres, ainda que seja por um breve momento. Exijo honra à Minha misericórdia de toda criatura, mas de ti em primeiro lugar, porque te dei a conhecer mais profundamente esse mistério” (D. 1572).
Ele também pediu que rezássemos o Terço da Divina Misericórdia freqüentemente. Na verdade, Jesus Misericordioso disse à Santa Faustina:
“Minha filha, observa fielmente as palavras que te digo: não dês demasiado valor a nenhuma coisa exterior, ainda que te pareça muito preciosa.
Abandona-te a ti mesma e permanece continuamente Comigo.
Confia tudo a Mim e não faças nada por tua conta, e terás sempre grande liberdade de espírito; e nenhuma circustância nem acontecimento conseguirão perturbar-te.
Não prestes muita atenção às palavras dos homens, deixa que cada um te julgue como quiser. Não te justifiques, que isso em nada te prejudicará.
Entrega tudo ao primeiro sinal de exigência, ainda que sejam as coisas mais necessárias.
Não peças nada sem pedir o Meu conselho. Permite que te tiram até aqui a que tens direito: o reconhecimento, o bom nome; que o teu espírito se eleve acima de tudo isso. E, assim, liberta de tudo, descansa junto do MEU Coração. Não permitas que alguma coisa pertube a tua PAZ.
Discípula, reflete sobre essas palavras que te disse.”
Pedi hoje, ao Senhor que se dignasse instruir-me sobre a vida interior, porque por mim mesma não posso compreender nem pensar nada de perfeito. E o Senhor me respondeu: Fui teu Mestre, sou e serei. Procura fazer com que o teu coração se assemelhe ao Meu Coração menso e humilde. Não reclames nunca os teus direitos. Suporta todas as vicissitudes da vida com grande serenidade e paciência. Não te defendas, quando toda a vergonha recair sobre ti inocentemente. Permite que triunfem os outros. Não deixes de ser boa quando perceberes que estão abusando de tua bondade. Quando for necessário, Eu mesmo reclamarei por ti. Sê grata pela menor graça Minha, porque essa gratidão Me obriga a conceder-te novas graças ( D.1701).
O Apóstolo Paulo, na carta aos Efésios (Ef 4, 27 ss), dá um conselho aos discípulos de Jesus: “Que o sol não se ponha sobre o vosso ressentimento” E continua: “Afastai de vós toda amargura, paixão, cólera, gritos, insultos e qualquer tipo de maldade. Sede amáveis e compassivos uns para com os outros. Perdoai-vos, como Deus vos perdoou em atenção a Cristo”.
Um jovem cometeu um crime e foi condenado à morte. Antes de sentar na cadeira elétrica, ele perguntou: “A mãe veio me ver”? O advogado respondeu: “Não”. O condenado voltou a perguntar: “Alguém de minha família está aqui”? E o advogado: “Ninguém”. Então o jovem disse: “Ao menos meu advogado está comigo. Agradeço de coração”. E morreu.
Jesus fez o contrário. Pendurado entre o céu e a terra, entre dores lancinantes, encheu-se de misericórdia e disse: “Pai, perdoai-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc 23, 34). Superou o sentimento de vingança e de rancor. Sua vinda até nós foi só por amor.
Um amigo foi ofendido. Ele meditou sobre o caminho do Evangelho e decidiu: Vou deixar por isto mesmo. Achei bem evangélico: ele não quis acrescentar ódio ao ódio. Venceu o rancor dentro dele mesmo. A misericórdia venceu.
Escreve isto: Antes de vir como justo Juiz, venho como Rei da Misericórdia. Antes de vir o dia da justiça, nos céus será dado aos homens este sinal: Apagar-se- á toda luz do céu e haverá uma grande escuridão sobre a Terra. Então aparecerá o sinal-da-Cruz no céu, e dos orifícios onde foram pregadas as mãos e os pés do Salvador sairão grandes luzes, que, por algum tempo, iluminarão a Terra. Isso acontecerá pouco antes do último dia (D.83).